Valis: The Fantasm Soldier

Produtora: Wolf Team/Riot

Fabricante: Telenet Japan/Riot

Ano de Lançamento: 1991

País de Origem: Japão

Plataforma: Mega Drive

Gênero: Plataforma/Side-Scroll

Valis bem que poderia ser mais um jogo inspirado em alguma animação japonesa, afinal o visual é de anime, a história é típica de um anime, a dificuldade é de um game de anime, … Mas a obra não foi baseada em nenhum anime!

Valis: The Phantasm Soldier (no Japão, Mugen Senshi Valis -“Guerreira da Ilusão Valis”) foi lançado originalmente para os computadores MSX em 1986 pela Telenet Japan e portado para Mega Drive em 1991 pela produtora Riot.

A história utiliza clichês típicos de anime: você controla Yuko Asou, uma colegial japonesa que encontra a espada Valis enquanto voltava da escola e recebe a missão de salvar o mundo do vilão Rogles. A garota acredita estar sonhando mas descobre que as ameaças são bem reais. Além da arma mágica, a estudante recebe um traje de combate e magias ao longo da aventura.

A história do jogo é narrada através de belas cutscenes.

Valis exibe lindas cutscenes -obviamente estáticas mas muito bem feitas para um jogo de 1991- mas o visual do jogo ainda possui muitos resquícios da geração anterior de consoles como bonecos sem rostos, poucas cores e elementos com poucos detalhes. A parte sonora cumpre seu papel com músicas apenas boas, algumas vozes digitalizadas e efeitos bastante esquisitos.

A jogabilidade é simples com poucos comandos e mecânicas descomplicadas. Yuko recebe magias (escolha com start e use com ⬆️+B) a medida em que a aventura progride. O pulo alto, porém, requer treino visto que você precisa digitar ⬆️+C e depois controlar a trajetória com ⬅️ ou ➡️ -não adianta usar as diagonais. E não é possível configurar os botões.

A dificuldade é o ponto fraco com fases curtas e extremamente lineares. Não obstante, os inimigos são muito fáceis e terminar o jogo é apenas questão de tempo. Para se ter uma ideia, consegui chegar até o final da aventura na primeira vez em que experimentei o game e sem perder nenhuma vida! Algo bem comum de obras inspiradas em animes.

Yuko começa bem fraca, mas se torna mais poderosa ao adquirir power-ups e magias ao longo da aventura.

As mecânicas do jogo lembram bastante as dos Castlevanias clássicos: Yuko encontra os itens em cristais vermelhos que podem ser vidas extras, corações que recuperam a vitalidade, joias azuis para recarregar os poderes da garota e quatro tipos de espada. Caso a estudante pegue uma arma repetida, ela aumenta sua eficiência em até três níveis. O próprio comando para utilizar os poderes é idêntico ao da franquia da Konami.

As magias possuem efeitos variados e auxiliam bastante nos combates. Os itens para recarregar MP são comuns ao longo da jornada, mas os poderes mais eficazes consomem mais poder mágico e é aconselhado poupá-los contra os chefes de fase.

A história do jogo é interessante apesar dos muitos clichês típicos de animes. O enredo é simples mas consegue cativar o jogador e o seu desenrolar possui algumas reviravoltas que diminuem a previsibilidade do game. As cutscenes tornam a obra ainda mais envolvente.

Os cristais vermelhos contêm itens: destrua-os para pegar seu conteúdo.

Valis, infelizmente, passa longe de ser uma experiência inesquecível. O enredo e as cutscenes são interessantes, mas é um jogo comum sem muitas inovações ou destaques. Não obstante, a dificuldade é muito baixa e as fases são extremamente lineares, sem muito a explorar. Chegar ao final da aventura é apenas questão de paciência.

Cabe a desculpa de que o jogo foi lançado quando o potencial do Mega Drive ainda não havia sido totalmente explorado e os games da época ainda não eram muito complexos -lembrando que a obra original é de 1986. Ainda assim, a desenvolvedora poderia ter ousado mais e inserido mais conteúdo no cartucho. Cabe mencionar que o console já contava com obras como Sonic ou Shinobi, que ofereciam muito mais aos jogadores.

Valis é praticamente um jogo de anime, no bom e no mau sentido. É possível se divertir com o enredo ou com o carisma de Yuko, mas o cartucho não oferece muito mais ao jogador. Se você aprecia o gênero, vá em frente e arrisque. Mas não crie muitas expectativas, OK?

Este é o traje de combate que Yuko recebe a partir da segunda fase.

AVALIAÇÃO:

  • Visual- 6: as cutscenes são caprichadas mas o jogo ainda possui muitos resquícios dos consoles de 8-bits e os seus elementos são muito simples.
  • Som- 7: as músicas cumprem seu papel mas os efeitos ficaram muito estranhos.
  • Jogabilidade- 7: os controles são simples mas os saltos requerem prática. E não é possível configurar os botões.
  • Dificuldade- 1: as fases são muito previsíveis e os inimigos oferecem pouquíssimo desafio.
  • Diversão- 3: a história é interessante as cutscenes são bonitas, mas faltou jogo.
  • Média FInal- 4,8

Publicado por Farmácia dos Games

Sou formado em farmácia, apaixonado por games e futebol. Não necessariamente nesta ordem!

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