Marvel Super Heroes War of the Gems

Produtora: Capcom

Distribuidora: Capcom

Ano de Lançamento: 1996

País de Origem: Japão

Plataforma: Super Nintendo

Gênero: Plataforma/Side-Scrolling

O final de 1996 praticamente marcou a despedida dos consoles de 16 bits. Ainda assim, as desenvolvedoras lançaram alguns jogos para encerrar de maneira honrosa a trajetória dos videogames da geração. Sonic 3D Blast, Vectorman 2, Donkey Kong Country 3 e Treasure Hunter G foram alguns dos títulos que marcaram o fim da era.

Marvel Super Heroes War of the Gems foi a última contribuição da Capcom para o Super Nintendo antes de se dedicar exclusivamente aos 32 bits. Trata-se de uma espécie de sequência de X-Men Mutant Apocalypse onde o sistema de jogo é reaproveitado mas devidamente melhorado.

O jogo, assim como a versão de Arcade, é baseado na saga “Guerras Secretas” dos quadrinhos onde os heróis da Marvel são convocados por Adam Warlock para impedir que o vilão Thanos consiga se apoderar das seis Joias do Infinito. Para isso, as cinco personagens da editora devem procurar as gemas que estão espalhadas ao redor do Planeta Terra.

Os cinco heróis disponíveis.

As personagens disponíveis são as mesmas da versão Arcade à exceção de Psylocke e, obviamente, dos vilões. Você pode utilizar os heróis sem restrições, é possível trocá-los ao encerrar uma etapa ou se morrer e também realizar as fases na ordem em que desejar -novos estágios surgem assim que você terminar os iniciais.

Cada personagem possui suas habilidades específicas -o Homem Aranha, por exemplo, escala paredes enquanto o Homem de Ferro pode dar saltos duplos. Dependendo da sua personagem, você pode utilizar rotas alternativas nas fases e também acessar itens que não podem ser alcançados pelos demais.

A maioria dos inimigos são versões malignas dos heróis. Na foto, o Capitão América enfrenta dois clones malignos da Mulher Hulk.

As fases estão muito maiores e mais variadas em comparação a Mutant Apocalypse mas, em compensação, o visual pagou o preço com gráficos inferiores, cenários menos detalhados e bonecos menores. As músicas são pouco empolgantes mas os efeitos são bastante satisfatórios, principalmente os de impacto. Uma pena que haja poucas vozes digitalizadas no cartucho -apenas os gritos dos inimigos morrendo.

A jogabilidade foi bastante melhorada, com respostas precisas dos controles e o combate está mais fluido. Os golpes especiais ainda são realizados com comandos típicos de Street Fighter mas sua execução está muito melhor.

A dificuldade foi reduzida mas chegar ao fim da aventura ainda é uma tarefa árdua. E a missão pode ser ainda mais complexa dependendo do herói que você escolher -o Hulk, por exemplo, é muito lento e seus pulos são os piores do cartucho. Ou seja, ainda há muito desequilíbrio entre as personagens, como ocorria no antecessor. O jogo não possui continues mas oferece passwords -não testei se o seu uso interfere no final.

As habilidades dos heróis permitem acessar rotas inacessíveis para os demais.

A principal inovação de War of the Gems são as Joias do Infinito que você pode receber ao terminar as fases. Assim como ocorre no Arcade, você pode usar as pedras para obter efeitos especiais: a do Tempo (Time) aumenta a velocidade, Espaço (Space) permite saltar mais alto, Realidade (Reality) faz com que mais itens apareçam nas fases, Alma (Soul) dobra a vitalidade e Força (Power) aumenta os danos causados. A sexta, Mente (Mind) está com Thanos.

Utilizar as gemas permite ao jogador potencializar as habilidade ou minimizar as desvantagens dos heróis e, com isso, facilitar a jornada. As pedras também permitem que seu guerreiro desfira um golpe especial com ⬆️➡️⬇️+Y na configuração padrão.

Derrote os chefões e, TALVEZ, você consiga uma das Joias do Infinito.

War of the Gems é um jogo apenas “bom”. A obra corrige com êxito a maior parte das falhas de Mutant Apocalypse mas visivelmente esbarra nas limitações do já velho e cansado Super Nintendo. Os programadores certamente tiveram de sacrificar aspectos sonoros e visuais em prol das fases enormes e da fluidez dos combates.

O cartucho, a despeito de suas falhas, é divertido, a maioria de seus pontos negativos pode ser relevada e a experiência oferecida é satisfatória de modo geral. O jogador, portanto, pode adquirir a fita sem medo de ser feliz.

War of the Gems foi um presente de despedida agridoce da Capcom para o Super Nintendo. Parte por culpa dos programadores, parte por culpa do próprio hardware que já não conseguia se manter competitivo com a geração seguinte de consoles.

As gemas são obtidas aleatoriamente ao longo da aventura após vencer os chefes de fase.

AVALIAÇÃO:

  • Visual- 8: o visual é apenas “bom” com cenários simples e bonecos pequenos.
  • Sons- 7: os efeitos agradam mas as músicas não empolgam.
  • Jogabilidade- 10: respostas excelentes, combates fluidos e boa variedade de movimentos.
  • Dificuldade- 7: passou um pouco do ponto e há desequilíbrio entre os heróis.
  • Diversão- 9: o jogo é bom mas os defeitos comprometem um pouco a experiência.
  • Média Final- 8,2

Publicado por Farmácia dos Games

Sou formado em farmácia, apaixonado por games e futebol. Não necessariamente nesta ordem!

Deixe um comentário

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora